Quem quer ser um Guardião da Biodiversidade? Aplicação e avaliação de estratégias de engajamento em um projeto de Ciência Cidadã para o monitoramento do serviço ecossistêmico de polinização

Autores

DOI:

https://doi.org/10.70525/2024.19

Palavras-chave:

Monitoramento participativo, Motivação, Polinização, Teoria das Funções Motivacionais

Resumo

A Ciência Cidadã tem contribuído significativamente para a ecologia,
especialmente no monitoramento da biodiversidade por voluntários, permitindo investigações em larga escala. No Brasil, essa prática é recente, mas já ganhou adeptos na academia e em organizações governamentais e não governamentais, focando no registro fotográfico e submissão online desses registros. Um desafio importante é o engajamento contínuo dos voluntários. Estudos mostram que o sucesso das estratégias de engajamento depende do perfil socioeconômico e das motivações do público. A Teoria Funcional das Motivações sugere que as estratégias de estímulo ao voluntariado têm mais sucesso quando se alinham às
motivações específicas dos voluntários. Como essas motivações são contextuais, as estratégias devem variar conforme o perfil socioeconômico e cultural dos voluntários. Com base nesses princípios, realizamos um estudo no projeto de Ciência Cidadã “Guardiões da Chapada” para monitoramento de polinizadores.
Aplicamos um questionário para identificar o perfil socioeconômico e as
motivações do público-alvo antes e depois de duas estratégias (online e
presencial). Descobrimos que a maioria dos participantes são mulheres, cujas motivações são influenciadas por todas as funções motivacionais, especialmente os valores relacionados à conservação ambiental. Os resultados indicam caminhos para aumentar o engajamento público em projetos de Ciência Cidadã voltados à conservação da biodiversidade no Brasil, fortalecendo o uso dessa abordagem colaborativa e participativa em pesquisas no país.

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Publicado

18-08-2025