Recuperação da diversidade funcional ao longo da sucessão na Mata Atlântica: insights para restauração passiva e ativa na Bacia do Rio Doce

Autores

  • Alex Josélio Pires Coelho Instituto Nacional da Mata Atlântica image/svg+xml , Universidade Federal de Viçosa image/svg+xml , Associação para Conservação da Biodiversidade – ProBiodiversa Brasil Autor
  • Stella Mata Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro image/svg+xml Autor
  • Nathália Silva Associação para Conservação da Biodiversidade – ProBiodiversa Brasil Autor
  • Alan Braz Instituto Nacional da Mata Atlântica image/svg+xml Autor
  • João Augusto Alves Meira-Neto Autor
  • Marinez Ferreira de Siqueira Autor

DOI:

https://doi.org/10.70525/2025.34

Palavras-chave:

Traços Funcionais, Sucessão Ecológica, Restauração Ecológica, Florestas Tropicais, Mata Atlântica, Regiões Altamente Impactadas

Resumo

A restauração ecológica tem se consolidado como uma estratégia essencial para mitigar os efeitos das mudanças climáticas e conter a perda de biodiversidade. No entanto, ainda é necessário compreender como a diversidade funcional se recupera ao longo da sucessão e quais características conferem maior potencial funcional às áreas restauradas. Neste estudo, avaliamos a recuperação da diversidade funcional ao longo da sucessão na Mata Atlântica, com base em fragmentos da Bacia do Rio Doce classificados em quatro estágios sucessionais: inicial, médio, avançado e primário. Além disso, conduzimos uma análise descritiva do potencial funcional de uma área de restauração ativa implantada após o rompimento da barragem de Fundão, em Mariana (Minas Gerais). Foram considerados quatro traços funcionais das espécies arbóreas — densidade da madeira, comprimento da semente, comprimento do fruto e comprimento da folha — obtidos a partir de herbários virtuais e bancos de dados ecológicos. Calculamos quatro índices de diversidade funcional: riqueza (FRic), divergência (FDiv), dispersão (FDis) e regularidade funcional (FEve). Os resultados indicam que apenas a riqueza funcional variou significativamente entre os estágios sucessionais, sendo maior em florestas primárias, refletindo a ampliação do espaço funcional ao longo da sucessão. A lista de espécies utilizadas na área restaurada apresentou ampla variação nos traços funcionais, situando-se dentro da faixa observada para as florestas naturais e indicando um potencial funcional elevado do conjunto de espécies plantadas. Esses achados reforçam a importância de selecionar espécies com diversidade de traços funcionais e de incorporar métricas funcionais na avaliação da qualidade e planejamento da restauração ecológica.

Referências

Publicado

30-06-2025